12.12.13

Agridoce



O amor dói. O amor parte o coração e dói o corpo inteiro. A cama se torna o melhor lugar do mundo, a comida perde o sabor e as pessoas se tornam sem graça. Só existe uma pessoa, uma pessoa que muda o seu astral, de uma forma positiva ou não. É o remédio e a dor. Ah, o amor é agridoce!

Sabe aqueles momentos introspectivos? Então, estou em um deles. Estou revisando cada momento meu.
Os beijos que me fizeram levitar e os que me fizeram enjoar. As borboletas que mais pareciam um furacão no meu estomago ou ás vezes que me coração era um gelo e não havia nada que derretesse.

Eu já disse "Eu te amo" sem pensar, fiz juras de amor de madrugada e jurei para sempre, mesmo não acreditando fielmente, eu jurei para sempre, porque, eu queria um para sempre. Igual nos contos de fadas, com direito a castelo e tudo. Mas, sem a bruxa má ou amiguinha dele (o que é quase a mesma coisa).
Eu já me apaixonei por um sorriso preguiçoso e um olhar penetrante, daqueles que quando te olham, parece que a pessoa consegue enxergar a sua alma. Apaixonei-me em menos de 10 segundos e em menos de 10 dias, esqueci. As borboletas se foram e levaram o meu amor.

O amor era a paixão, a paixão era adrenalina. E eu amava adrenalina! Eu amava sentir meu coração quase pulando pela boca, aquele nervosinho, as bochechas ruborizadas, aquela descarga elétrica que descia quando o meu amado me encostava, eu jurava que era só naqueles braços que eu queria estar. Era tão aconchegante. Tão único, tão tão, que nem todos os tãos poderiam definir o quão tão aqueles braços eram. Minha lógica é confusa, eu sei. O amor também é. Vira-te a cabeça e deixa o mundo de cabeça para baixo. E o pior, você até gosta de ver seu mundo de cabeça para baixo. O problema é colocar tudo no lugar depois.

Eu já estive em outros braços, apesar das minhas juras eternas. Eu já senti outras descargas elétricas. E as borboletas nasceram e morreram aqui. Meu coração nunca foi de parar quieto, sempre em busca da adrenalina. Meu coração já foi partido em um bilhão de pedaços. A solidão doía, o abraço do meu melhor amigo não supria e não me aquecia, a solidão era aquela sensação de gelo correndo pelas costas, milhares de cubos de gelos nas costas. Estremece né? O corpo todo gela, gela até o coração. Eu me via perdida, não tinha paciência para fazer um quebra-cabeça de 100 peças quem dirá juntar um coração.
E olha, todos os casais resolveram sair para as ruas junto comigo. Juro. Era tanto beijo, tanto abraço, tanto mimimi, nhenhenhe, que dava vontade de vomitar. Mas eu sabia que seu o fizesse, não sairia nada. Eu estava vazia, como um balão quando perde o ar e sai voando perdido por aí, até alguém pegar e encher de novo.
E esse alguém fui eu. Eu tive que me encher, porque dei tanto de mim que quase não sobrou nada. E esse nada era um tudo. Como pode um nada doer tanto? Era um grito no vácuo. Valeu John Green.

Eu gritei, chorei e escrevi cartas e mais cartas. Meu coração foi tão açoitado que parou de bater, por um determinado alguém. A dor depois de um tempo vira o próprio anestésico. Mas, naquele momento de loucura, também conhecido como paixão, eu não sabia disso. Eu achei que nunca fosse passar essa dor. Eu gritei, gritei com cada um que tentava colocar na minha cabeça que o tempo curava tudo. E veja só, o tempo curou. Não sei quanto tempo eu tive que esperar O tempo chega e curar. Eu tive que fazer um esforço também, não se pode deixar algo ou alguém no total controle da sua vida (isso vale para o namorado (a) hein?!).

Fiz as minhas malas e eu mesma sequei as minhas lagrimas. Meu coração sossegou e aquela ferida que parecia que nunca iria passar, enfim, passou.

2 comentários:

  1. Que nome legal pra um blog HAHA, me identifiquei só pelo nome, por que do jeito que sou estabanada. Adorei esse texto, ainda não li todos os outros que tem aqui , mas pode ter certeza que depois desse vou querer ler todos os outros. Sem dúvidas todas as feridas saram, aquilo que a gente acha que nunca vai passar, passa e no lugar delas ficam as marcas das lembranças e uma nova chance de amar de novo.
    http://umapitadadepimenta.com

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    1. heheheh obrigada!! Nossa, obrigada, que bom que gostou, também gosto muito do seu blog. :)

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