5.1.14

Ruas estranhas.



É muito fácil me descobrir. Deixo pistas, te mostro caminho, mas você precisa fazer o percurso sozinho.

Cada caminho pode te levar para algum lugar dentro de mim. Pode haver caminhos que pareçam perigosos e intimidadores, e de fato, pode ser. Mas pode também ter caminhos claros e belos, e no final, te pegam desprevenido e te deixam sem ação. Ou vice-versa. Sou uma cidade estranha, a cada dia você pode encontrar uma surpresa ou uma buraco no meio do caminho que te faça tropeçar. Cuidado ao andar. Aliás, ande como leveza, OK? Você não vai querer estregar essas ruas, certo? Deu um baita trabalho para serem feitas e dá mais trabalho ainda quando algum arruaceiro decide bagunçar.

Viu? Não é tão difícil assim me entender. Sou como um livro grande, é preciso paciência, vontade e sobretudo atenção aos detalhes. Eu posso falar um dia inteiro e não dizer nada. Sugiro que deva se preocupar mais quando eu não digo, do que quando eu digo demais. Eu posso te mandar ir e desejando mentalmente que você me peça para ficar. Tente ler as entrelinhas, não é tão complicado assim. Não me escute, me ouça. Não me olhe, me enxergue.

Quando parecer intransponível demais, talvez seja só o meu escudo falando. Ou talvez você tenha pego um caminho errado. Conselho: Não pegue atalhos. Atalhos são traiçoeiros, uma caminhada longa dá tempo de pensar e refletir. Você pode querer dá meia volta, tudo bem, seus pés podem fraquejar, seja franco se não aguentar, dê meia volte e vá embora, só não faça bagunça, em?

Uma vez me disseram que os caminhos mais difíceis são os que trazem as melhores recompensas.
Modéstia a parte, acredito que estejam certos.

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